DESEJANDO COMPRAR, VENDER, ALUGAR, REGULARIZAR, AVALIAR OU PERICIAR IMÓVEIS ???
FRANCISCO CARVALHO -
Credenciado pelo Conselho Regional dos Corretores de Imóveis - CRECI 15ª Região - Ceará.
Não por acaso, foi o primeiro a ser profissionalizado e regularizado no município de Nova Russas - Ce, onde até então, apenas algumas pessoas, de forma irregular ou clandestina, atuavam no Mercado Imobiliário.
"Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres"
Albert Einstein
Responsável pelas defesas naturais
do nosso organismo, o sistema imunológico virou o centro das atenções em
tempos de coronavírus.
Isso porque, como ainda não temos
medicamentos ou vacinas para nos proteger desse novo vírus, combatê-lo
depende inicialmente da capacidade de resposta de cada indivíduo à
doença, conhecida como covid-19.
Sendo assim, mesmo que não impeça
ninguém de contrair a doença, ter uma imunidade em dia é vital para
ajudar na luta contra a infecção e na recuperação do doente, dizem
especialistas ouvidos pela BBC News Brasil.
Segundo eles, são
quatro os pilares de uma "boa imunidade": praticar exercícios físicos
regularmente, reduzir o estresse, dormir bem e ter uma alimentação
balanceada.
Mas, antes de tudo, os especialistas alertam para outro tipo de combate, contra a "desinformação".
O principal mito é a suposição de que podemos "elevar nossa imunidade", dizem.
"Não
existe essa história de imunidade alta. Existe imunidade normal ou
imunidade baixa por algum problema que a pessoa tenha, como doenças ou
uso de medicamentos imunossupressores (que reduzem a atividade ou
eficiência do sistema imunológico, usados, por exemplo, quando o
paciente recebe um órgão transplantado). Imunidade alta não existe, não
tem como elevar a imunidade", explica o infectologista Alberto Chebabbo,
vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia e
diretor-médico do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, no Rio
de Janeiro.
"Ou
seja, quem tem imunidade normal, tem o risco de contrair a doença e
desenvolver os sintomas. Quem tem imunidade baixa, inclusive os idosos,
porque seu sistema imunológico já envelheceu, tende a apresentar os
sintomas mais graves da doença", acrescenta.
Ana Caetano Faria, professor titular de Imunologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), concorda.
"O
que ocorre é que nosso estilo de vida faz com que nossa imunidade caia.
Ou seja, existem formas de restabelecer a normalidade de nosso sistema
imunológico, mas não elevá-lo", diz.
Direito de imagemGetty ImagesImage caption
Covid-19 afeta os pulmões
Importância dos quatro pilares
Por que esses quatro pilares são tão importantes?
Segundo Faria, cada um deles tem um impacto diferente no funcionamento do sistema imunológico.
Mas, para isso, é preciso entender o que é o sistema imunológico e como ele funciona.
Em
linhas gerais, ele é um conjunto complexo de células, tecidos, órgãos e
moléculas que cumprem funções específicas em uma resposta coordenada
para neutralizar vírus, bactérias, fungos e parasitas — antes que sejam
fatais.
Diante de uma nova ameaça, o corpo tem de partir do
zero e construir as defesas necessárias. Mas, no caso de um vírus, este
processo costuma ser mais demorado do que a velocidade com que este tipo
de microrganismo se multiplica e infecta células.
"É uma corrida,
em que o adversário avança mais rápido do que o sistema imunológico é
capaz de desenvolver mecanismos de ação para combatê-lo", afirma o
imunologista Renato Astray, pesquisador do Instituto Butantan.
Isso
não significa, no entanto, que a batalha esteja perdida. O sistema
imunológico encontra com o tempo formas de acabar com a ameaça, como vem
ocorrendo nesta epidemia de coronavírus.
Direito de imagemGetty ImagesImage caption
Corpo tem barreiras para impedir a entrada de patógenos
Como funciona o sistema imunológico
O corpo tem barreiras para impedir a entrada de patógenos, como são chamados os microrganismos que afetam nossa saúde.
Elas
podem ser mecânicas, como a pele, microbiológicas — por exemplo, a
flora de bactérias do intestino —, ou químicas, como as enzimas
presentes na saliva ou o suco gástrico do estômago.
Se um corpo estranho consegue superar essas barreiras, cabe ao sistema imunológico nos proteger.
Todas
as pessoas nascem com defesas naturais contra invasores. Esta é a
chamada resposta imunológica inata, que é acionada automaticamente
quando células detectam que foram infectadas e enviam sinais químicos
para avisar que o corpo está sob ataque.
Isso faz com que outras
células acionem mecanismos para se tornarem menos suscetíveis à infecção
e ativem o sistema imunológico, que vai pôr em ação células específicas
para combater o invasor.
Essas células são fabricadas
continuamente pela medula óssea, a partir de células-tronco, que estão
em um estágio inicial de desenvolvimento e tem o potencial de se
transformar, em um processo de diferenciação, para cumprir funções
específicas.
Desta forma, as células-tronco se tornam leucócitos —
ou glóbulos brancos —, que atuam em nosso sistema imunológico. Uma
elevação na quantidade de leucócitos no exame de sangue é indício de uma
infecção. Se estiver abaixo do normal, o sistema imunológico está
enfraquecido.
Os neutrófilos são o tipo de leucócito mais numeroso
e atuam como a primeira linha de defesa do organismo. Eles envolvem e
eliminam o invasor por meio da fagocitose, produzindo enzimas digestivas
que destroem o patógeno.
Também liberam sinais químicos que
recrutam mais células para atacar a ameaça. Isso gera uma inflamação na
região onde está o invasor. Esta área é irrigada com sangue, que traz
consigo mais leucócitos para auxiliar no combate.
Outro tipo de
glóbulo branco, o linfócito conhecido como natural killer (assassino
natural, em inglês), age principalmente contra tumores e vírus. Ele
libera grânulos de proteína ao redor do alvo que fazem o patógeno se
autodestruir.
Um terceiro tipo de leucócito, o macrófago, também
atua neste estágio fagocitando invasores, mas cumpre outra função
importante no próximo estágio da resposta imune.
A resposta imune adquirida
Quando um invasor é agressivo, resistente ou está presente em maior quantidade, isso exige outro tipo de reação do organismo.
A
resposta imune adquirida é desenvolvida pelo corpo após entrar em
contato com um patógeno. Ela envolve a ação dos linfócitos, células
especializadas capazes de combater microrganismos e de nos proteger da
mesma ameaça por mais tempo.
Os linfócitos ficam armazenados em órgãos como os linfonodos e o baço, à espera de sinais de que devem entrar em ação.
Um
dos principais alertas é dado pelos macrófagos, que capturam um
microrganismo ou parte dele e o transportam até os linfócitos, dando
início à resposta imune adquirida. "Os macrófagos atuam como uma ponte
entre as duas respostas imunes", explica Astray.
Os linfócitos
começam então a produzir milhões de cópias de si mesmos e reforçam o
sistema imunológico ao gerar anticorpos, proteínas capazes de
neutralizar um patógeno. Os anticorpos têm a capacidade de reconhecer e
se unir ao invasor, impedindo que ele infecte novas células e se
reproduza.
Os linfócitos também marcam alvos para neutrófilos,
macrófagos e natural killers. "Os linfócitos são como maestros do
sistema imunológico, ao fazer com que as células imunes se aglutinem em
torno de uma ameaça", diz Portela.
Ao final deste processo, a
maioria dos linfócitos é destruída, mas alguns se diferenciam e
permanecem em nosso corpo por vários anos, formando uma memória
imunológica que tornará mais ágil o combate ao patógeno se ele nos
infectar novamente.
As células imunes se multiplicam mais
rapidamente ao detectar a mesma ameaça, o que acaba com aquela
desvantagem do sistema imunológico na corrida inicial contra um invasor
após a infecção. "Isso nos impede de ficar doentes ou faz com que os
sintomas sejam mais leves", afirma Astray.
Por este motivo, não
contraímos mais de uma vez algumas doenças, como catapora, caxumba,
rubéola ou sarampo. Mas isso não impede que tenhamos novas gripes, por
exemplo, porque o vírus que a causa, o influenza, sofre mutações
facilmente, o que torna a memória imunológica inútil contra suas novas
versões.
Como nossa imunidade é afetada
Sendo
assim, Faria, da UFMG, diz que, quando dormimos pouco ou nos
alimentamos mal, isso afeta o funcionamento de nosso sistema imunológico
de diferentes maneiras. O mesmo ocorre quando deixamos de praticar
atividades físicas ou sofremos estresse.
"Todos esses pilares são
importantes, mas destaco a necessidade de dormimos bem. É durante o sono
que temos maior produção de células de defesa pela medula óssea.
Estudos mostram que dormir menos de cinco horas por noite aumenta em
quatro vezes a chance de desenvolver infecções respiratórias, como
gripes e resfriados", diz.
"Portanto, se você não está dormindo suficientemente, não está dando ao corpo a chance de se recuperar."
Já
ao praticarmos atividade física de intensidade moderada, liberamos
hormônios que ajudam a regular nosso sistema imunológico. Por outro
lado, quando não nos estressamos, nosso corpo deixa de produzir
substâncias que o prejudicam. Por fim, ao seguirmos uma dieta
balanceada, ajudamos a fornecer energia para o bom funcionamento de
nossas células de defesa, resume Faria.
Direito de imagemGetty ImagesImage caption
Segundo nutricionista Julia Granje, monte pratos coloridos
Mas o que é uma dieta balanceada?
A
BBC News Brasil ouviu a nutricionista Julia Granje. Ela alerta "que não
existe nenhum alimento ou vitamina que combata o novo coronavírus. Mas,
obviamente, quando o sistema imune está ativo e saudável, vai ajudar a
lutar a combatê-lo". Confira as dicas dela:
• Monte um "prato colorido"
Granje
recomenda comer dez porções de 80 gramas por dia, sete de legumes e
verduras e três de frutas, de cores diferentes. "Cada cor dos alimentos
reflete o tipo de micronutrientes que têm neles". "Desafio meus
pacientes a colocar pelo menos cinco cores no prato".
Em relação aos micronutrientes, ela destaca o zinco e o selênio.
"O zinco é encontrado nas carnes vermelhas e no fígado de frango. Também nas ostras, que são muito ricas em zinco."
Ela acrescenta que o zinco também está presente nos vegetais, "mas em menor quantidade", como no feijão.
"A
quantidade de zinco que encontramos no feijão é a metade da de uma
carne vermelha. Isso é um alerta importante para quem é vegetariano",
assinala.
Já o selênio é encontrado na castanha do Pará. "Duas
castanhas por dia já são suficientes. A farinha de trigo também é fonte
de selênio".
Granje também recomenda comer menos carboidratos
simples, como massas, arroz branco, pães e bolos. Prefira os
carboidratos "complexos", ou seja, aqueles integrais, recomenda.
"Não
gosto de vilanizar os carboidratos. O problema é que o brasileiro come
muito pouca fibra. E sabemos que carboidratos simples, quando ingeridos
em excesso, tendem a induzir uma resposta inflamatória do nosso corpo, o
que pode ser prejudicial se você já está combatendo uma infecção",
acrescenta.
• Não esqueça das "vitaminas antioxidantes"
Segundo
Granje, vitaminas A, C, D e E são muito importantes. Ela ressalva,
contudo, que muitos brasileiros vêm se "superssuplementando" de vitamina
D.
"Não adianta tomar vitamina D sem ter a exposição ao sol.
Porque o que ativa a vitamina D é essa exposição ao sol. Como se trata
de uma vitamina lipossolúvel, se você toma em excesso, nosso corpo não a
excreta. É diferente da vitamina C, que as pessoas também tomam em
excesso, mas isso é excretado pela urina", explica.
• Cuide de seu intestino
Granje
destaca que pesquisas mostram a influência da nossa microbiota
intestinal em nossa imunidade — nossos intestinos são habitados por 100
trilhões de bactérias de diferentes espécies. Neste sentido, ela reforça
a importância do consumo de fibras.
"Infelizmente, não prestamos muita atenção a isso."
Um
imenso estudo conduzido nos Estados Unidos, o Estudo Americano do
Intestino, sugere que aqueles cujas dietas incluem mais alimentos à base
de plantas têm um microbioma mais diversificado, diz Daniel McDonald,
diretor-científico do projeto.
• Baixo consumo de álcool e sódio
O álcool e o sal em excesso podem ser prejudiciais para o sistema imunológico. Seu consumo deve ser feito com moderação.
Segundo
pesquisa da Escola Médica da Universidade de Massachusetts (EUA), o
consumo exagerado de álcool prejudica a capacidade do organismo de
combater infecções virais, especialmente do sistema respiratório,
inibindo o funcionamento de proteínas responsáveis pela regulação do
sistema imune. *Colaborou Rafael Barifouse
Quero solicitar pausa no meu financiamento habitacional
Solicite a pausa no pagamento de até 2 prestações pelo APP Habitação CAIXA (versão disponível para Android, em breve para IOS), sem a necessidade de comparecimento às agências. Você também pode telefonar para 3004-1105 ou 0800 726 0505, opção 7.
"Não devemos entrar em pânico ou cair no medo irracional; pelo contrário, podemos trabalhar desde agora para reagir prontamente, para encontrar modos criativos de responder à crise, tentar olhar para o futuro com uma esperança razoável e bem fundamentada. Isso é possível desde que reconheçamos uma das evidências mais claras que o momento histórico atual nos oferece: a extrema fragilidade de nosso modelo econômico e de nossa sociedade liberal ocidental", escreve Carlo Petrini, fundador e presidente do movimento Slow Food e da Universidade de Ciências Gastronômicas de Pollenzo, em artigo publicado por La Stampa, 08-03-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.
Eis o artigo.
Se é verdade que as grandes crises marcam a transição definitiva de uma época para outra, podemos assumir que o surgimento do vírus SARS-Cov-2, com as relativas perturbações sociais e econômicas que acarreta e decorrerão dele, é um desses divisores de águas. Em nosso país, por gerações a partir do segundo pós-guerra, esse é sem dúvida o maior desafio já enfrentado. Até algumas semanas atrás, o bicho-papão da economia europeia eram as taxas que o governo dos EUA aplicava a alguns produtos alimentícios do velho continente, mas hoje a expansão do coronavírus embaralhou completamente as cartas globais.
O que torna os cenários econômicos foscos não é mais uma medida protecionista agressiva, pelo contrário, estamos diante de uma situação sem precedentes que abre cenários igualmente inéditos. O turismo parado, a mobilidade dos cidadãos limitada em todas as latitudes, as escolas fechadas e os hospitais em prontidão de emergência são condições que nunca vimos juntas e que, no momento, ninguém é capaz de circunscrever no tempo. Sem mencionar o próprio objeto da emergência, um vírus que, mesmo que no momento pareça estar sob controle, continua se espalhando e agora atingiu todas as regiões italianas e a grande maioria dos países europeus, asiáticos e norte-americanos.
Futuro indecifrável
A racionalidade exige que leiamos os sinais econômicos dos dias de hoje como prelúdio de uma época de contração e crise, de desaceleração forçada e de dificuldades para muitos setores e amplas categorias de cidadãos e trabalhadores. Devemos esperar que não seja uma temporada longa, mas precisamos nos equipar para enfrentá-la da melhor maneira, porque certamente será difícil. Estamos prestes a viver um período complexo e, em muitos aspectos, ainda indecifrável, no qual as categorias com as quais estamos acostumados a ler a nossa realidade social e econômica serão minadas e terão forçosamente que ser reconsideradas.
No entanto, não devemos entrar em pânico ou cair no medo irracional; pelo contrário, podemos trabalhar desde agora para reagir prontamente, para encontrar modos criativos de responder à crise, tentar olhar para o futuro com uma esperança razoável e bem fundamentada. Isso é possível desde que reconheçamos uma das evidências mais claras que o momento histórico atual nos oferece: a extrema fragilidade de nosso modelo econômico e de nossa sociedade liberal ocidental.
Derrubar os paradigmas injustos
A crise nos joga mais uma vez na cara a desigualdade social e econômica que está na base do nosso sistema, na qual um top manager de empresa ou um jogador de futebol recebem até mil vezes mais do que o que ganha um professor precário, em que a precariedade do trabalho e a erosão de décadas dos gastos públicos afetaram as categorias mais vulneráveis da população, expondo-as ao alto risco de se encontrar a pagar o preço mais alto pela crise. Uma sociedade com essas desigualdades não tem futuro, mas a partir dessa conscientização, pode-se recomeçar para reconstruir melhor, para todos, finalmente tentando derrubar paradigmas injustos.
O tempo dos bens relacionais
Pois bem, agora é o momento da solidariedade e não mais da competição, é o tempo para encontrar forças para emergir não com o desespero de todos contra todos, mas com uma renovada solidariedade e com a reconstrução de um senso de comunidade que negligenciamos por muito tempo. Para responder a essa emergência, podemos restaurar relevância para a economia local sem cair em soberanismos fora do tempo e da lógica. Podemos sair do túnel cultivando os bens relacionais, acelerando um processo de transformação que caminhe na direção da luta sem trégua aos desperdícios, na busca de novas energias que não impactam o meio ambiente, na limitação dos consumos não necessários. Podemos ajudar uns aos outros, podemos nos compactar, podemos desmonetizar algum aspecto de nossa vida para economizar um pouco mais e apoiar as atividades de proximidade que enfrentam dificuldades.
Uma nova política
Podemos fazer isso não porque o coronavírus o impõe, mas porque é a lógica que nos leva a procurar um futuro diferente e sustentável para todos. No entanto, devemos começar regulando cada um de nós. Retornar a praticar a escuta e a generosidade, a conversa e a inteligência afetiva, o diálogo e a reciprocidade. Somente mudando nossa atitude e nossa abordagem para o outro podemos realmente realizar uma mudança.
Empatia e gentileza são a base de uma nova política que pode nos levar para fora dos momentos de desânimo da crise econômica, bem como dos pântanos da luta sem trégua que vemos com muita frequência hoje nas instituições democráticas. Uma temporada cheia de obstáculos e incertezas nos espera, mas podemos jogar a partida com consciência e determinação: solidariedade, comunidade e cooperação são as chaves para recomeçar.
FONTE: http://www.ihu.unisinos.br/596940-a-crise-mostra-a-fragilidade-do-liberalismo-e-hora-de-recomecar-pela-solidariedade